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Coletivo

FotoFlores

O Flores do Campo é um dos 279 empreendimentos inacabados do Programa Minha Casa, Minha Vida – o maior programa habitacional da história brasileira. Localizado em Londrina, Paraná, foi ocupado por famílias em situação de vulnerabilidade habitacional em 2016, após o Poder Público suspender a obra devido a suspeitas de desvio de verbas públicas pela construtora contratada.

 Desde então, o bairro tem sido estigmatizado pela imprensa como um centro de criminalidade, alimentando a repressão policial e um processo de reintegração de posse. Quase mil famílias, metade delas de imigrantes latino-americanos, enfrentam a ameaça de despejo enquanto lutam por dignidade – uma realidade compartilhada por 16,4 milhões de brasileiros que vivem em favelas.

Em 2019, fundei um coletivo de fotografia, o Coletivo FotoFlores, com jovens do bairro. Juntos, trabalhamos para informar e amplificar as vozes da comunidade, buscando influenciar a opinião pública e defender o ato de ocupar como uma ferramenta legítima para concretizar o direito constitucional à moradia.

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O Coletivo FotoFlores foi criado em 2019 por um grupo de adolescentes da Ocupação Flores do Campo – e por um não morador, o fotógrafo Gabriel Melhado. É um espaço de experimentação, de criação de vínculos e raízes, laços de amizade e autoconhecimento.

Nosso propósito é prestigiar a história da Ocupação Flores do Campo, nossa luta, e contribuir com o desenvolvimento do bairro em diversas frentes: combatendo as narrativas que criminalizam a Ocupação, oferecendo educação e arte pra vizinhança, criando pontes entre o centro e a periferia... São formas de reforçar o ato de ocupar como ferramenta legítima de construção do direito à moradia, à educação, à cidade, à cultura. Aqui queremos permanecer, e nossos olhos estão voltados pro futuro.

Ao longo dos anos, dezenas de jovens, de idades variadas, já passaram pelo Coletivo. Alguns estão desde o começo, outros experimentam por algumas semanas, afastam-se, voltam. É um corpo vivo que se expande e se retrai, respira, sempre em movimento, sempre em construção. Não integram o FotoFlores, portanto, somente os membros permanentes, mas todos aqueles que, em dado momento, constroem a história do Coletivo. As sementes estão sendo plantadas, e você é convidado a cultivar suas flores com a gente.

A luta segue. Estaremos nela, com a câmera nas mãos.

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Ocupação

Flores do Campo

LONDRINA | BRASIL

A Ocupação Flores do Campo é, originalmente, um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida – o maior programa habitacional da história brasileira – situado na zona norte de Londrina, sul do Brasil. Uma década atrás o Governo Federal contratou uma empreiteira portuguesa para conduzir as obras. Assinaram-se os contratos, pagou-se o dinheiro, iniciou-se a construção, mas logo uma investigação identificou descumprimentos sistemáticos do projeto e indícios de mal-uso das verbas públicas. Obra embargada. Sonhos embargados.

 

O bairro ficou pela metade, envelhecendo sem vida por dois anos, até que arriscamos cumprir nós mesmos o destino traçado: em outubro de 2016, famílias londrinenses que enfrentavam pobreza extrema organizaram-se, ocuparam, e fizeram daqui um lar.

+ exposição

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movimento em construção - logo vermelho - fundo transparente.tif

Em 5 de outubro de 2024, inauguramos a exposição Movimento em Construção no Centro Cultural Comunitário Ocupação Flores do Campo, um espaço construído pelo Coletivo FotoFlores com apoio da associação de moradores. Financiada por uma bolsa do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) da Secretaria de Cultural de Londrina, o trabalho reuniu fotografias dos 5 anos de atividade do FotoFlores, que apresentam o cotidiano da Ocupação.

A produção foi realizada pelo próprio Coletivo através de oficinas formativas com profissionais da fotografia, que abordaram temas como expografia e curadoria (Divisão de Artes Plásticas da UEL - DaP/UEL), design (Lasca Studio), assessoria de imprensa e leitura crítica da mídia (prof. Gabriel Ruiz e Danylo Álvares). Após estrear na Ocupação Flores do Campo, a exposição foi levada ao Canto do Marl e, por fim, a DaP/UEL, outros importantes espaços culturais de Londrina. 

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